Sexualidades outras nas aulas de língua portuguesa
Sexualidades outras nas aulas de língua portuguesa
Os povos originários das terras que hoje chamamos de Américas foram/são estigmatizados, marginalizados e assassinados, consequências essas geradas pelo processo de colonização perpetrado pelas nações europeias. Nessa perspectiva, houve uma classificação da sociedade, tomando como base os modelos subjetivos humanos das comunidades europeias. Ou seja, a cultura, a religião, a língua, o saber, a fisionomia, os gêneros e as sexualidades passam a seguirem as imposições do homem cisheterossexual, cristão, caucasiano e eurocentrado. Nesse sentido, vivenciamos o que Quijano (1999) nomeia de colonialidade, um processo sociopolítico-cultural regulador dos corpos e das organizações humanas, presente nos casos de racismo, de LGBTQIA+fobia, de xenofobia, de machismo, de intolerância religiosa etc. Seguindo essa linha de pensamento, esta obra aborda como as sexualidades outras, aquelas que divergem da matriz cisheterossexual, são percebidas pelos discentes nas aulas de Língua Portuguesa. Os participantes da pesquisa foram alunos do 4º período da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de uma escola da rede estadual de Alagoas, situada no agreste. As discussões aconteceram em quinze aulas temáticas, entre os meses de outubro e dezembro de 2023, mediadas pelas teorias do Letramento Crítico e da Decolonialidade, uma vez que um ensino crítico e reflexivo permite que o alunado compreenda os motivos da existência das injustiças sociais e posicionar-se frente a elas. Por ser uma pesquisa-ação (Thiollent, 1986) de cunho interventista, busquei ampliar as concepções dos discentes em relação às sexualidades humanas.
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Lucas Assis
Doutorando e Mestre em Linguística e Literatura, na linha de Linguística Aplicada, pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLL) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Atualmente, é pesquisador voluntário do Grupo de Estudos em Letramentos, Educação e Transculturalidade (LET), do PPGLL/UFAL. Possui especialização em Linguagem e Práticas Sociais, pelo Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus Arapiraca; e especialização em Português e Literatura, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Graduado em Letras – Português e Suas Respectivas Literaturas, pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), campus III. Desenvolve pesquisas na área de Letras, em estudos literários e linguísticos.
Prefácio
Apresentação
Capítulo 1: Um pouco do meu Eu
Capítulo 2: Um trilhar decolonial em Linguística Aplicada atravessado pela linguagem
Capítulo 3: Um olhar à sociedade: a colonialidade do poder, do ser e do saber
Capítulo 4: Amar Sem Fronteiras
Capítulo 5: Nosso grito em campanha
Capítulo 6: Derradeiras palavras para continuar
Referências
Posfácio